Projeto INCT-Reflora
INCT-Herbário Virtual da Flora e dos Fungos (INCT-HVFF) e o programa REFLORA
O
INCT-Herbário Virtual da Flora e dos Fungos (INCT-HVFF) recebeu recursos do programa
REFLORA do
CNPq, entre 2010 a 2015, com o objetivo de aumentar a base informacional sobre plantas e fungos do Brasil registrados em herbários do exterior, disponível via
speciesLink, de forma livre e aberta.
O projeto teve como objetivos específicos:
(1) Estabelecer um mecanismo de repatriamento dinâmico de dados textuais atualizados sobre as amostras coletadas no Brasil depositadas em herbários no exterior e disponibilizá-los na Internet, de forma livre e aberta;
(2) Estabelecer um servidor de imagens e serviços web associados, para armazenar e gerenciar as imagens em alta resolução das amostras do material tipo depositado em herbários brasileiros e disponibilizá-las via internet a todos os interessados assim como via serviços web para que pudessem ser utilizados por outros sistemas de informação externos;
(3) Desenvolver um modelo de sala aberta à visitação pública.
No início do projeto a rede
speciesLink, infraestrutura informacional do
INCT-HVFF, repatriava dados dos jardins botânicos do
Missouri (MOBOT) e de
Nova Iorque (NY) e compartilhando do
MOBOT 196 mil e de
NY 260 mil registros de ocorrência de espécimes do Brasil. Não havia, porém, qualquer compartilhamento de imagens das exsicatas cujos dados estavam integrados à rede.

Foi estabelecido então um servidor de imagens e serviços web associados e graças à articulação do
INCT-HVFF com coleções dos Estados Unidos e Europa, no período do projeto foram repatriados dados de
17 herbários:
12 dos Estados Unidos e 5 da Europa. No final do projeto
INCT-Reflora mais de
1 milhão de imagens associadas a mais de
700 mil registros estavam integrados.
O
INCT-HVFF deu continuidade a essa ação e hoje disponibiliza mais de
4 milhões de imagens associadas a
3,7 milhões de registros textuais, sendo cerca de
1,9 milhões dos registros de
20 herbários do exterior. Considerando o número total de registros do
Herbário Virtual que chega a
10,5 milhões,
4,9 milhões referem-se a depósitos em herbários parceiros do exterior, sendo que cerca de um terço dos registros já apresenta no mínimo uma imagem associada.
A
evolução na disponibilidade de dados e imagens do
INCT-Herbário Virtual também tem como resultado o
aumento no uso dessa informação. A partir de
outubro de 2012 foi disponibilizado um
indicador do uso dos dados. No ano de
2013 o
INCT registrou um uso de cerca de
298 milhões de registros, o que representa cerca de
815 mil registros utilizados por dia. Ao realizar uma busca na rede
speciesLink, o sistema armazena o número de registros que foram recuperados para atender às várias demandas do usuário:
produção de mapas,
produção de gráficos,
visualização em formato de lista,
análise da ficha completa do espécime, ou ainda,
baixando os dados (download) para uso posterior em seus sistemas pessoais. À soma de todos os registros utilizados dessas diferentes formas, denominamos
"registros utilizados". No final do projeto
INCT-Reflora, em
2015, o uso foi de
385.469.166, ou seja, uma
média superior a 1 milhão de registros utilizados por dia.

O mesmo conceito se aplica às
imagens. O sistema também armazena o número de imagens visualizadas através das ferramentas especificas disponíveis. No ano de
2013 foram visualizadas
550 mil imagens, o que equivale a
1,5 mil imagens visualizadas por dia. Esses números, no final do apoio do projeto em
2015, equivalem a
8,5 mil imagens visualizadas por dia. Os
indicadores de uso do ano de 2019 foram de cerca de
1,5 milhão de registros e 10,5 mil imagens utilizadas por dia, o que
comprova a evolução tanto do
conteúdo quanto do seu
uso.
Convém salientar que a
adesão de outros herbários do país e do exterior à rede, e o
esforço que vem sendo feito pelos curadores para inclusão de imagens está
contribuindo de forma significativa para melhorar a qualidade dos dados e informações disponibilizadas, via
speciesLink, pelo
INCT-Herbário Virtual.
Em relação ao objetivo do
INCT-Reflora de desenvolver
um modelo de sala aberta à visitação pública, este foi também
alcançado, sendo
uma sala instalada em prédio do Centro de Biociências da UFPE (Vídeo da sala:
https://www.youtube.com/watch?v=arvSf5NQ7lI).