A Mata Atlântica é um dos biomas mais degradados da América do Sul. Em ambientes em regeneração, uma espécie de arvore pioneira frequentemente encontrada é Piptadenia gonoacantha. Este estudo demonstra uma forte associação entre esta arvore e um macrofungo, Phellinotus piptadeniae. O que torna este estudo particularmente intrigante é o fato de termos descoberto (através da análise de isótopos estáveis) que este fungo não faz distinção entre saprotrofismo e parasitismo. Pode existir como um comensal, vivendo de matéria orgânica morta, ou como um agente patogênico ativo, atacando o tecido lenhoso do seu hospedeiro vegetal.
P. piptadeniae exemplifica a complexa teia de interacções dentro deste ecossistema gravemente ameaçado, revelando uma dualidade única na sua relação com sua espécie pioneira versátil.
Link da publicação: https://journals.asm.org/doi/10.1128/mbio.01423-24